SP: protesto contra Copa tem ouvidoria da PM e menos prisões
Sex, 14 de Março de 2014, 07h56min
A série de manifestações contra a realização da Copa do Mundo no Brasil teve nesta quinta-feira, em São Paulo, sua edição com o menor número de detidos e menos depredações desde o início dos atos, em janeiro. Também pela primeira vez, um grupo de servidores da Ouvidoria das Polícias do Estado de São Paulo, em conjunto com ONGs e entidades de defesa dos direitos humanos, esteve no ato para acompanhar de perto se haveria excesso na conduta dos PMs e se o direito de manifestação seria resguardado. Ainda assim, alguns policiais trabalharam sem identificação, o que é considerada uma “transgressão disciplinar”.
Ao todo, segundo o comandante do 45º Batalhão da Polícia Militar, tenente coronel José Eduardo Bexiga, cinco pessoas foram detidas com objetos como martelo, estilingue, além de bolas de aço. Eles foram encaminhados a dois distritos policiais – o 14º, em Pinheiros, e o 78º, nos Jardins. Uma agência bancária na avenida Paulista foi depredada.
No protesto ocorrido há menos de três semanas na região central, por exemplo, dois bancos foram depredados e 262 manifestantes foram detidos. Todos liberados na mesma madrugada. No ato de janeiro, 135 pessoas haviam sido detidas no protesto que terminou com três agências bancárias e uma viatura da Guarda Civil Metropolitana destruídos, além de um Fusca incendiado.
Por outro lado, o protesto desta quinta-feira novamente teve a participação da chamada Tropa do Braço – composta por policiais com treinamento em artes marciais – e um efetivo policial maior que o de manifestantes, a exemplo do ato de fevereiro: foram 2,3 mil PMs para cerca de 1,5 mil manifestantes.
“O balanço geral foi isso que a gente viu. Muita paz, uma manifestação boa. Teve a visibilidade e a Polícia Militar só acompanhando para que nenhum incidente maior acontecesse, inclusive para a segurança dos manifestantes”, disse Bexiga.
Terra