-
-
_thumb.jpg)
Resposta da BMW para SC depende de decisão federal
Qua, 13 de Junho de 2012, 07h33min
A vinda ou não de uma fábrica da BMW no Brasil depende de um pedido de mudança nas regras de importação de carros que o governo federal demora em responder. O último prazo era o feriadão de Corpus Christi.
Nesta terça, uma equipe do governo estadual esteve sede da montadora no Brasil para tratar questões como fornecimento de energia elétrica, água e rede sanitária. A Eletrosul informou que foi consultada pelo governo estadual sobre a viabilidade de deslocar torres da linhas de transmissão Ilhota/Joinville que passam pelo terreno onde a BMW construiria sua fábrica. Estes pontos são tratados desde a visita de uma comitiva catarinense a sede da empresa em Munique em maio.O secretário de Desenvolvimento, Paulo Bornhausen, explica que detalhar estes pontos não significa que a montadora está inclinada a escolher SC se bater o martelo por uma unidade no Brasil. Ele diz que a partir da assinatura do contrato haverá uma prazo de 24 meses para o primeiro carro ser produzido. Por este motivo, é preciso estar com todo o cronograma montado em caso de escolha do Estado.
A resposta depende de um pedido da BMW para que a tecnologia embarcada nos veículos diminua o percentual de imposto pago por cada automóvel importado. A solicitação se justifica porque o governo brasileiro aumentou em 30 pontos percentuais o IPI para carros importados. Para as fábricas que pretendem se instalar no Brasil, foi criada uma regra de zerar a cobrança se determinado conteúdo de peças nacionais e tecnologia forem cumpridos.
A montadora deseja que o peso do segundo item seja aumentado. A proposta é discutida há meses sem uma definição. O mercado acredita que parte da resistência do governo federal se deve a pressão da empresas que já estão no Brasil. A Anfavea, entidade que as representam, se reúne com representantes do Ministério da Fazenda nesta quarta, às 11h. O encontro também contará com participação de integrantes do Ministério do Desenvolvimento. A Anfavea trata a reunião como apenas mais uma rodada de negociações.
DC
