-
-
Protesto ‘bilíngue’ de 30 pessoas propõe faxina na Petrobras
Qua, 17 de Dezembro de 2014, 06h22min
O engenheiro mecânico Márcio Camargo, 54 anos, escolheu uma indumentária diferente da habitual para ir à avenida Paulista nesta terça-feira. Sob um calor de quase 30 graus, Camargo vestia um macacão laranja enquanto segurava uma faixa em que “jorrar” rimava com “enojar” – com uma expressão de “sentimentos” a Getúlio Vargas. O macacão, não fosse um símbolo de Cipa (Comissão Interna de Prevenção a Acidentes) no braço direito, facilmente passaria por um uniforme da Petrobras, estatal criada sob a gestão do ex-presidente citado no material e nos últimos meses alvo de um escândalo de corrupção. “É nojento ver o que está acontecendo com essa
empresa; é disgusting”, afirmou, ele que foi funcionário na empresa nos anos 80 e 90 e levou a “assistente do escritório”, também de macacão laranja, para segurar a outra ponta da faixa.
Camargo e a funcionária integraram um protesto de cerca de 30 pessoas que decidiram promover um “faxinaço” em frente ao prédio onde funciona o escritório da estatal na Paulista. Com baldes vazios, produtos de limpeza e adesivos como desenho de uma mão com quatro dedos, toda preta, eles simularam uma “limpeza simbólica” contra a corrupção na estatal e pediram a saída da presidente da empresa, Graça Foster.
Boa parte dos quase 30 manifestantes, que afirmam ter se organizado através de comunidades virtuais, já vinha de outros atos contra o PT e pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) desde o fim das eleições presidenciais.
TERRA
