Polícia prende em SC mais dois envolvidos no caso de leite adulterado
Sáb, 23 de Agosto de 2014, 08h15min
A polícia prendeu nesta sexta-feira (22) no município de Mondaí, no Oeste catarinense, mais dois suspeitos na operação do leite adulterado no estado e no Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério Público estadual (MP-SC), eles atuavam nas empresas e foram conduzidos para o presídio de Maravilha, na mesma região. Até agora, 22 pessoas foram presas.
A operação do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) começou na terça (19). Neste dia, os agentes prenderam 20 pessoas e cumpriram 11 mandados de busca e apreensão nos dois estados. As empresas investigadas, Lajeado Grande e Mondaí, comercializavam cerca de 50 mil litros de leite por dia.
O produto era vendido para grandes indústrias no Paraná e São Paulo. A suspeita era de que o líquido era adulterado com formol e soda cáustica. O resultado da mistura impressionou até os fiscais do Serviço de Inspeção Federal. Conforme as investigações, mesmo quando as indústrias de fora não aceitavam o leite, o produto não era descartado. Retornava para o laticínio e era usado na fabricação de outros alimentos.
As investigações do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) começaram há cerca de cinco meses e abrangeram empresas de laticínios, unidades resfriadoras e transportadoras de leite. “Adulteração de leite com produto químico é proibida, é grave, é crime. E pode causar, sim, prejuízo à saúde”, afirmou o engenheiro químico Gerônimo Friedrich.
Prisões e mandados de busca e apreensão
Foram presos 14 homens e seis mulheres, além de 11 mandados de busca e apreensão cumpridos, nas unidades industriais, residências e propriedades rurais de sete cidades do Oeste catarinense e Noroeste gaúcho. Para atuar nas operações, foram mobilizados cerca de 60 agentes do Gaeco, uma força-tarefa entre MPSC, polícias Civil e Militar e auditores da Secretaria da Fazenda.
Na terça (19), quatro lotes (54, 59, 67 e 71) da marca adulterada foram retirados de circulação, mas não foi informado em quais cidades eram vendidos, nem em quais estabelecimentos comerciais. As operações receberam os nomes de ‘Leite Adulterado I’ e ‘Leite Adulterado II’, relacionados a cada empresa investigada, cujas unidades estão nos municípios de Lajeado Grande, Ponte Serrada e Mondaí, em Santa Catarina, e Vista Alegre, no Rio Grande do Sul.
G1-SC