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    Polícia investiga compra de ossos clandestinos

    Qui, 12 de Setembro de 2013, 07h31min

    Um dentista de Chapecó será investigado pela compra de material de um banco de ossos clandestino, que foi fechado na semana passada em Londrina (PR). A delegada do Núcleo de Repressão aos Crimes como a Saúde (Nucrisa), de Curitiba, Sâmia Coser, informou que o inquérito será encaminhado nesta quinta-feira ao Ministério Público de Londrina, cidade onde funcionava ilegalmente o estabelecimento.


    A delegada vai recomendar ao Ministério Público que remeta à Polícia Civil de Chapecó o pedido de investigação do dentista, que foi interceptado em ligação telefônica solicitando material clandestino. Sâmia não revelou o nome do profissional catarinense, que foi descoberto fazendo o pedido por meio de interceptação telefônica.


    — Não queremos criar preocupação para os clientes dele, pois ainda não sabemos se ele utilizou o material ou iria revender para outra pessoa — disse a delegada.


    Até esta quarta-feira, a Polícia Civil de Chapecó ainda não havia recebido nenhuma demanda sobre o caso. O delegado do Conselho Regional de Odontologia, Celso Nunes Moura Filho, disse que a entidade vai tomar as medidas cabíveis assim que for notificada sobre a irregularidade.


    O material oriundo de banco de ossos é utilizado em enxertos para implantes dentários ou na recomposição de fraturas em mandíbulas. Devido ao risco de rejeição e de contaminação por doenças como hepatite, os ossos devem ter origem controlada. Em um estabelecimento legalizado, depois de coletados, os ossos têm que ficar cerca de seis meses em observação, para garantir que não há contaminação.


    O banco clandestino de Londrina funcionava em uma casa no Bairro Jardim Cláudia, onde foram encontrados 89 frascos com pedaço de osso em bloco, 46 frascos com osso moído em soro fisiológico e 16 cabeças de fêmur, sendo algumas armazenadas no freezer da cozinha da residência.


    — A armazenagem era sem higiene, fora das normas — disse a delegada.


    Dois irmãos, de 42 anos e 37 anos, contra quem havia mandado de prisão expedido, foram detidos e encaminhados ao Presídio de Londrina, onde permanecem à disposição da justiça. Eles e os receptadores responderão por crime de tráfico de órgãos e tecidos. A polícia suspeita de que o crime ocorria desde 2004.


    Cada frasco com osso era vendido entre R$ 180 e R$ 250. Além de Chapecó, a dupla tinha clientes em Belo Horizonte (MG), Belém (PA) e em cidades de Goiás e do Mato Grosso. A Polícia Civil ainda não identificou a procedência dos ossos.


    No Brasil existem seis bancos de ossos, um deles na Universidade Federal do Paraná, em Curitiba, que está interditado no momento. Os outros estão em Passo Fundo (RS), no Rio de Janeiro e três em São Paulo.


    DC

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