Madrugada Alternativa

Com: Automático
Automático
  • Banner Noticia
  • notícias


    Mirtilo vira cosmético no Oeste

    Seg, 10 de Setembro de 2012, 07h28min

    Uma pequena indústria de cosméticos do Oeste do Estado aproveitou a produção de mirtilo em Itá, um dos poucos municípios catarinenses que cultiva a planta, para desenvolver produtos à base desta
    fruta.


    O mirtilo, também conhecido como blueberry, começou a ser cultivado nos anos 2000 na Serra Catarinense e em Itá. No ano passado, foram cultivadas cerca de
    45 toneladas do produto no Estado, que responde por cerca de um terço da produção nacional.


    Em Itá, o mirtilo já é uma atração. Um hotel vende mudas da planta e uma sorveteria já tem a novidade no sabor. Diante disso, a farmacêutica Vânia Maria Stumpf, dona da Cálida Indústria e Comércio de Cosméticos, desenvolveu produtos com o extrato da fruta. O mirtilo tem substâncias chamadas antocianinas, que são boas para a circulação.


    — Além disso, é um produto daqui, e como Itá é uma cidade turística, os cosméticos são mais um atrativo — explica Vânia.


    Metade da fabricação da empresa é comercializada para os turistas. A produção iniciou em 2006 e atualmente está em 400 frascos por mês. O crescimento é de 10% ao ano.
    Primeiro foram lançados o sabonete líquido, sais espumantes e loção hidratante para o corpo. Em 2011, foram criados o desodorante e o creme para as mãos. Neste ano, será lançado o creme para os pés.


    A empresa está recebendo consultoria do Sebrae e pretende expandir suas vendas, que ainda estão concentradas em SC e no RS. Assim como o mirtilo é conhecido como a fruta da longevidade, Vânia espera que sua produção também tenha vida longa e seja mais um produto catarinense a conquistar o país. Atualmente, o Brasil produz 150 toneladas da fruta por safra, numa área de 150 hectares, segundo dados da Embrapa de Pelotas (RS). A instituição foi a responsável pela implantação das primeiras mudas no Brasil, em 1983.


    O mirtilo é uma planta que gosta de frio inferior a 7,2 graus. Por isso, o cultivo preferencial é na Serra. Em Itá, a lavoura foi implantada próxima ao lago da cidade, onde existe um microclima mais frio à noite.


    No início da safra, a indústria vende o quilo de mirtilo por R$ 45 e, no auge da produção, o preço cai para R$ 20. O principal mercado é São Paulo e as capitais dos três estados do Sul. A produção de SC também já foi exportada para a Holanda.


    DC

Este site usa cookies para melhorar e personalizar sua experiência com nossos conteúdos e anúncios. Ao navegar pelo site, você autoriza a Alternativa FM a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de privacidade e cookies.
Restaurar padrão do site:
Restaurar