Funcionários questionam preparo de médicos do Samu em SC
Qua, 14 de Maio de 2014, 07h13min
Funcionários do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) questionaram o preparo dos médicos que trabalham na entidade em Santa Catarina. O supervisor da instituição afirmou que cerca de 90% foram capacitados. A denúncia foi mostrada no Jornal do Almoço desta terça-feira (13).
“Todo o profissional que inicia suas atividades no Samu é simplesmente jogado para o trabalho. Ele é contratado em um dia e inicia as atividades na ambulância, no outro”, afirmou um funcionário que não quis ser identificado. “Eles estão colocando pessoas despreparadas, sabe? E não estão dando treinamento adequado para as pessoas. Tanto para médico, quanto para enfermeiro, quanto para socorrista”, disse o ex-socorrista Cristian Santiago Prim.
Supervisor técnico do Samu, Alfredo Schmidt Hebbel afirmou que “mais ou menos 90% dos funcionários foram capacitados. Eles recebem hora-extra, são remunerados, porém, a gente não tem como obrigar as pessoas a ir”. Segundo ele, o que não foram capacitados, estão trabalhando: “a gente sempre recapacita, educação permanente”, disse o supervisor.
Sobre se não é arriscado profissionais que não foram capacitados aturem no serviço, o supervisor disse que “tem uma exigência para a pessoa trabalhar no Samu. Essa exigência parte do princípio de que a pessoa tem o conhecimento para fazer o atendimento pré-hospitalar”.
Um dos pré-requisitos seria a experiência de, no mínimo, seis meses em atendimentos de urgência e emergência. Funcionários dizem que não é assim que funciona. “É feito um processo seletivo onde o indivíduo faz uma prova escrita e, a partir do momento que ele é aprovado, ele é chamado pra atuar sem nenhum tipo de avaliação ou formação”, disse um funcionário que não quis se identificar.
G1-SC