Estado vai contratar 1,5 mil policiais militares e 300 agentes penitenciários
Ter, 05 de Fevereiro de 2013, 06h27min
A onda de ataques levou o governo estadual a autorizar contratações. Será aberto aberto concurso público para 1,5 mil policiais militares e 300 agentes penitenciários.
A falta de equipe é uma das reclamações das forças de segurança pública. O governador Raimundo Colombo disse, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, que integrado integrar este reforço ao efetivo ainda neste ano.
Outro anúncio é que após 81 dias, o governo catarinense decidiu aceitar a oferta de Brasília e transferir para o sistema penitenciário federal os responsáveis pelas duas ondas de ataques ao Estado. O líderes do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) vão cumprir pena no Regime Disciplinar Diferenciado (RDD), que determina uma série de restrições. Não foi divulgado quantos detentos serão encaminhados e quando isto vai ocorrer.
A possibilidade de transferência foi oferecida desde a primeira onda de violência, em novembro do ano passado. O secretário de Segurança Pública, César Grubba, disse que Santa Catarina tem 30 vagas. Por motivo de segurança, não foi revelado quando devem ocorrer as remoções.
O sistema penitenciário federal dispõe de quatro unidades: Catanduvas (PR), Mossoró (RN), Campo Grande (MS) e Porto Velho (RO). Isto significa que nenhum líder do PGC ficará a menos de 785 quilômetros de São Pedro de Alcântara, onde fica o comando da organização criminosa. Os transferidos estarão em penitenciárias com rígido controle e de segurança máxima. Já houve uma tentativa frustrada de resgate na unidade Campo Grande, onde estavam Fernandinho Beiramar e Juan Carlos Abadía.
A transferência para penitenciárias federais divide opiniões. A Ordem dos Advogados do Brasil de Santa Catarina (OAB) defende a medida. Em nota oficial, a instituição informou que remoção é necessária porque os cidadãos não podem continuar reféns da criminalidade. Setores da Polícia Militar e do Departamento de Administração Prisional são contrários por entender que os detentos terão contato com facções de outros estados, como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital.
Especialistas concordam que Santa Catarina não pode ficar parada enquanto os detentos estão afastados. Defendem a construção de uma unidade prisional para isolar estes criminosos depois do retorno ao Estado.
DC