2013 frustra ousadia econômica de Dilma
Sex, 27 de Dezembro de 2013, 07h16min
O ano de 2013 foi aquele em que se frustraram as inovações que a presidente Dilma Rousseff tentou implantar na economia brasileira.
Antes mesmo de assumir a Presidência, Dilma já prometia um corte drástico na taxa básica de juros do país. Mais tarde, expoentes do governo anunciaram a “nova matriz econômica” nacional, uma combinação de juros baixos, cortes de impostos e real menos valorizado.
Esse tripé seria a base de uma nova era na economia país. Com os juros baixos, os investidores não conseguiriam mais obter uma renda fabulosa emprestando dinheiro para o Estado. Teriam que, dali para frente, colocar o seu capital no setor produtivo. “Acabou o almoço grátis no Brasil”, disse à presidente em 2012.
A consequência seria o aquecimento da atividade econômica, com aumento do emprego, da renda, do consumo e do investimento, criando um ciclo virtuoso.
Aos juros baixos, seria acrescentada uma taxa de câmbio favorável à indústria brasileira. A moeda nacional mais fraca tornaria os produtos “made in Brazil” mais competitivos no mercado internacional.
Ainda, os cortes de impostos facilitariam a vida dos brasileiros sem, no entanto, obrigar o governo a reduzir gastos sociais e investimentos. A lógica é simples. Em curto prazo, o que o governo deixaria de gastar com juros da dívida poderia ser usado para bancar despesas públicas. Em longo prazo, a arrecadação de impostos seria recuperada por causa do aquecimento da economia.
Paralelamente, o governo daria crédito a empresas com juros mais baixos do que os dos bancos, impulsionando o setor produtivo.
Estava pavimentada, assim, a via pela qual o país entraria em uma nova era de desenvolvimento.
UOL