Polícia Civil cumpre mandado em batalhão da PM em Balneário Camboriú após denúncia de tortura
Sex, 26 de Maio de 2017, 07h24min
A Delegacia de Investigação Criminal (DIC) cumpriu mandados de busca e apreensão no 12º Batalhão de Polícia Militar de Balneário Camboriú, no Litoral Norte catarinense, na manhã desta quinta-feira (25) após uma denúncia de tortura psicológica contra policiais do Pelotão de Patrulhamento Tático (PPT). A PM informou que vai abrir inquérito policial militar para investigar o suposto envolvimento dos militares.
A busca da Polícia Civil foi realizada em um alojamento do PPT, mas nada que comprovasse a suposta tortura foi encontrado. A tortura teria ocorrido em uma ação da PM em que dois homens foram detidos e armas, apreendidas, após um homicídio.
Em 10 de abril, um corpo foi encontrado em um rio no bairro da Barra, em Balneário Camboriú. Segundo a PM, ele foi identificado como Kelvim do Amaral Chiele, conhecido também por Cebolinha.
Dias depois, a Polícia Militar teria recebido denúncia de que a arma utilizada no crime contra Cebolinha estava em uma residência. No local, os policiais encontraram quatro armas de fogo. O material foi apreendido e dois homens, levados para a delegacia por porte ilegal de arma. Os dois negaram envolvimento na morte de Cebolinha.
Ainda conforme a Polícia Militar, um terceiro homem teria procurado a DIC de Balneário Camboriú e assumido a autoria do homicídio. Acompanhado de um advogado, ele também informou à Polícia Civil que foi abordado por policiais militares e torturado psicologicamente. Após ser ouvido, o suspeito foi liberado.
A partir dessa denúncia, a Polícia Civil passou a investigar a Polícia Militar. O G1 não conseguiu contato com a DIC até a publicação desta notícia.
De acordo com a PM, o homem que fez a denúncia não foi abordado pelos militares em nenhum momento. Após o mandado de busca e apreensão cumprido nesta quinta, o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel José Evaldo
Hoffmann Junior, informou que a PM vai “apurar o suposto envolvimento dos policiais militares do PPT com a suposta tortura psicológica de um suspeito de homicídio”.
G1