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Mais Médicos: 25% das vagas em SC ainda não foram preenchidas
Ter, 18 de Dezembro de 2018, 06h30min
Apesar da prorrogação, ainda há dificuldade para preenchimento das vagas do Mais Médicos em Santa Catarina. Até 10h desta segunda-feira, uma a cada quatro vagas (25,5%) ainda não tinha sido preenchida. Desses 66 postos ainda não ocupados, em 15 deles a validação foi indeferida, por falta de interesse, por motivos pessoais do candidato ou por problemas na documentação. Os outros 51 profissionais ainda não se apresentaram nos municípios, sendo que o prazo, após prorrogação do Ministério da Saúde, termina nesta terça-feira, dia 18.
Porém o coordenador do programa Mais Médicos em Santa Catarina, Paulo Orsini, reforça que foi surpreendido pela alta adesão ao programa - no total 192 profissionais já se apresentaram nos municípios catarinenses - e acredita que todas as vagas serão preenchidas até o final do processo de substituição dos médicos cubanos:
— O preenchimento é impactado pelos resultados de provas de residência e o salário, que é bem atrativo. Tem essas áreas menos atraentes, com mais dificuldade, mas que com abertura de vagas para estrangeiros serão preenchidas tranquilamente. Em SC não vamos ter problema.
Um dos municípios que já teve todos os postos preenchidos é Joinville. Os 11 novos profissionais já começaram a atuar nas unidades de saúde Jardim Iririú, Edla Jordan, Estevão de Matos, Jardim Edilene, Jarivatuba, Itaum, e nas Unidades Básicas de Saúde Familiar (UBSF) Paranaguamirim, Dom Gregório e Parque Guarani. Um dos profissionais é argentino e os demais são brasileiros e vêm dos Estados do Pará, Ceará, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e, também, de Santa Catarina.
Mas nem todos os municípios tiveram tanto sucesso no preenchimento das vagas. São Domingos, no Oeste de SC, é um dos que enfrentam dificuldades. As três vagas disponíveis ainda não foram preenchidas:
— Um tinha se inscrito por engano, achando que São Domingos era perto de Florianópolis, outro não tinha mais interesse. O terceiro nem entrou em contato — explica a secretária de Saúde do município, Juliana Dutra do Prado.
Como o número de médicos que atuam na cidade caiu pela metade após a saída dos cubanos, a secretária diz que suspenderam o atendimento médicos nas unidades do interior e também passaram a fazer triagem para dar prioridade aos casos mais graves. Caso não sejam repostas as vagas, o município cogita fazer contratação emergencial de médicos no início do ano. Mas há expectativa de que cubanos ocupem os postos, já que três deles, que atuaram no município, manifestaram interesse.
— A gente sempre teve dificuldade de conseguir medico na nossa região, que é composta por municípios pequenos, que não têm muito atrativos, como praia e shopping. Antes do programa, a gente tinha rotatividade muito grande de médicos brasileiros — completa Juliana.
Também há dificuldade para ocupar os postos em aldeias indígenas. Das 12 vagas, apenas duas foram preenchidas.
As 15 vagas em que houve desistência dos candidatos serão reabertas para os profissionais com registro no país (CRM) entre os dias 20 e 21 de dezembro. Depois, entre 27 e 28 de dezembro, os profissionais brasileiros formados no exterior podem escolher entre os postos disponíveis. E, por fim, de 3 a 4 de janeiro, profissionais estrangeiros formados no exterior têm acesso às vagas.
O Ministério da Saúde informa que 10.205 profissionais médicos brasileiros ou estrangeiros formados no exterior completaram a inscrição de participação no Programa Mais Médicos. As inscrições foram finalizados neste último domingo, dia 16.
DC
