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Professores vão decidir hoje por greve; colégio não suspenderá atividades
Qua, 24 de Maio de 2017, 06h44min
Professores e auxiliares de classe do Colégio Evolução, em Xanxerê, podem entrar em greve a partir desta quarta-feira (24). A decisão será tomada no fim da tarde desta terça-feira (23), em assembleia com o Sindicato dos Professores do Oeste de Santa Catarina (Sinproeste). Em contrapartida, a assessoria jurídica do colégio informa, principalmente aos pais de alunos, de que as aulas não estão suspensas.
De um lado o sindicato alega atraso no pagamento de salários a mais de 30 funcionários, o que resultou na ameaça em parar as atividades. Já por parte do colégio, não faz 30 dias que as pendências estão atrasadas. De acordo com a delegada regional do Sinproeste em Xanxerê, Juleide de Almeida Correa, os pagamentos vêm sendo feitos com atrasos há bastante tempo e a falta do recebimento do salário integral referente ao mês de abril além dos 33% das férias de dezembro do ano passado fez com que a categoria se reunisse em assembleia e notificasse a escola dando prazo até esta terça (23) para que uma providência fosse tomada.
- A gente vem conversando e fazendo acordos, mas esses acordos não vêm sendo cumpridos sobre o parcelamento de pagamentos. A falta de pagamento do mês de abril mais a situação das férias fez a gente se reunir em assembleia e dar um prazo. Até o momento não tivemos uma resposta e, na assembleia de hoje, vamos decidir se haverá a paralização a partir de amanhã, uma vez que até o momento nada foi repassado – explica Juleide.
Jurídico do colégio explica situação
A advogada Leticia Flávia Ditadi, assessora jurídica do colégio, explica que a situação financeira é delicada neste momento. A unidade, que já atua no ensino há mais de 20 anos, hoje atende 300 alunos, envolvendo 40 funcionários. Segundo ela, a paralisação das atividades não irá ocorrer a partir desta quarta-feira (24), porém os professores têm seus direitos de optar pela decisão de não trabalharem.
- Estamos passando por uma situação financeira um pouco delicada, já passamos por outras situações similares, desta vez envolveu sindicato então temos algumas negociações em andamento, inclusive temos uma reunião hoje à tarde para resolver outras questões que estão pendentes, mas o colégio não vai fechar. Está aberta a uma paralisação e o professor que quiser paralisar está no seu direito. Falamos várias vezes com a delegada do Sinproeste para explicar a situação, não é viável que 40 profissionais voltem para o mercado de trabalho neste momento. Já conversamos com vários pais que vieram aqui e que estavam preocupados diante dessa notícia e a única garantia que podemos dar é que os alunos serão assistidos sim e a escola não vai parar – garante a assessora jurídica.
Ela afirma que situações parecidas foram resolvidas com um pouco mais de tempo e frisa que o atraso do pagamento não ultrapassam os 30 dias.
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