PMDB deve lançar candidatura própria ao governo de SC
Seg, 14 de Dezembro de 2009, 10h34min
Candidatura própria para a Presidência da República e para o governo do Estado. Esta foi a tônica da Convenção Estadual do PMDB, realizada sábado, em Florianópolis. O governador do Paraná, Roberto Requião, aproveitou o evento para iniciar o processo de nacionalização de sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
Acompanhado pelo senador Pedro Simon (RS), Requião afirmou que a base do PMDB não reconhece o pré-acordo assinado pela presidência do partido para que o PMDB indique o vice na chapa de Dilma Rousseff (PT).
De acordo com eles, uma pesquisa feita nos estados mostrou que setores do partido querem candidatura própria. Por isso, a estratégia é, a partir de Santa Catarina, começar visitar os estados e conversar com os diretórios para fortalecer o projeto até a Convenção Nacional do partido, marcada para março.
— Quatro anos atrás já havia esta vontade do partido lançar candidato, mas fomos surpreendidos e não houve convenção. Agora se estivermos preparados, na hora de colocar em votação, acho muito difícil a gente não ganhar — avalia Simon.
Para Requião, é preciso que o partido tenha um projeto de governo para deixar de estar sempre a reboque de outras candidaturas.
— Existe o PMDB da base e o PMDB parlamentar que muitas vezes por questões políticas sacrificou o partido pela sobrevivência eleitoral. É isso que queremos mudar — afirmou.
Na convenção, peemedebistas de todo o estado saudaram Requião e Simon. Os discursos defendendo a candidatura à Presidência da República foram intercaladas as falas em apoio a candidatura de Eduardo Pinho Moreira ao governo.
O deputado federal Valdir Collato defendeu que, não havendo possibilidade de coligação, que o partido lance chapa pura. Já o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, manifestou novamente o seu apoio a Moreira, que foi reeleito presidente estadual do partido.
— Esta convenção consagra a candidatura de Eduardo — disse o ex-governador Paulo Afonso Vieira.
O governador Luiz Henrique da Silveira foi o último a discursar e aproveitou para fazer uma sugestão a Requião: incluir a proposta de reforma política em seu plano de governo. Para o governador, é preciso mudar o pacto federativo, evitando a concentração de recursos em Brasília.
Fonte: DC