Nova gripe muda rotina de caminhoneiros no RS
Ter, 11 de Agosto de 2009, 08h18min
A primeira morte registrada no país em decorrência da nova gripe, em 28 de junho, foi a de um caminhoneiro gaúcho. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul, ele havia viajado para a Argentina, onde foi contaminado. Depois dele, pelo menos outros três profissionais foram vítimas da doença no estado.
Para quem viaja entre as regiões que confirmaram casos da doença e mortes, já foi feito o alerta. “Quem tem condições, está evitando seguir até áreas de fronteira”, disse ao G1 o presidente da Federação Interestadual dos Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens (Fenacam), Diumar Bueno.
Ele conta que a entidade está realizando uma campanha de orientação sobre a nova gripe e distribuindo kits, com máscara e álcool em gel, para os motoristas que seguem para áreas de risco. “Também estamos disponibilizando cartazes e panfletos em vários pontos, para dizer quais são os sintomas e o que ele [caminhoneiro] deve fazer se sentir alguma coisa.”
O caminhoneiro Luciano Rogério da Rosa Javarez, 38 anos, passou a carregar máscaras no painel de seu caminhão durante as viagens que faz pelas rodovias da Argentina e do Brasil. “Agora, com esse problema de gripe no mundo, eu tenho de andar com as máscaras para me proteger. Uso mesmo quando estou nos portos secos e em aglomerações.”
A Fenacam distruibuiu 1,7 mil frascos de álcool gel, 8,5 mil panfletos didáticos e 3,4 mil máscaras de proteção para caminhoneiros de 17 sindicatos do estado.
Javarez diz que costuma circular pelas rodovias BR-287, BR-472 e BR-290, que cortam o Rio Grande do Sul. “Semana passada viajei com meu filho de 14 anos, que está de férias escolares por causa da nova gripe. É melhor ele seguir viagem comigo do que ficar em casa.”
(Fonte: G1)