Ministro rebate crítica e diz que reforma do ensino médio não agrava desigualdade
Qua, 28 de Setembro de 2016, 07h03min
O Ministro da Educação, Mendonça Filho, contestou nesta terça-feira (27), durante conversa com o G1 e a TV Globo, críticas de antecessores de que a medida provisória da reforma do ensino médio pode agravar a desigualdade educacional no país.
Em reportagem publicada nesta terça pelo G1, os ex-ministros Aloizio Mercadante, Renato Janine Ribeiro e Henrique Paim criticaram o modelo da reforma, que não exige que os estados ofereçam os mesmo padrões de oportunidades para os alunos durante todo o ensino médio. Para os ex-ministros, alunos de estados mais ricos serão beneficiados por uma melhor infraestrutura, como laboratórios de química e física, em detrimento de alunos cujos estados não têm as mesmas condições de investimento.
Mendonça Filho argumentou que a reforma não agravará a desigualdade porque cada estado tem autonomia para definir as disciplinas ofertadas – de acordo com o previsto na medida provisória – e porque, segundo o ministro, a qualidade do ensino médio está crescendo nos estados mais pobres.
Além disso, afirmou Mendonça Filho, a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), o documento que baseará a construção dos currículos escolares, garante uma unidade mínima no conteúdo.
“Não considero esse risco [de agravamento da desigualdade], até porque português e matemática serão exigidos nos três anos, e a base nacional curricular deve ser seguida por todos os estados.
Evidentemente que essa complementação da oferta da grade curricular [as disciplinas optativas], ela terá tudo a ver com o itinerário que o jovem quer seguir”, afirmou.
G1