Café da Hora

Com: Rodrigo
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    Galpão de adubo vazio preocupa produtor

    Sáb, 21 de Julho de 2018, 08h23min

    Em outros anos, nesta época, o produtor Antonio Pedrini, há 35 plantando soja e milho, já estaria com todos os insumos em casa. É que normalmente, logo após a primeira chuva, depois de 15 de setembro, ele começa a semear os 1.200 hectares que cultiva em Maringá, norte do Paraná. Mas este ano a situação é diferente: o galpão onde armazena o adubo e sementes está vazio e ele, preocupado.


    “Com essa greve (dos caminhoneiros), ficou tudo parado. Não está chegando adubo, semente e até calcário que a gente aplica todo ano”, conta o produtor. Neste ano, Pedrini decidiu não corrigir o solo com o uso de calcário por causa do aumento do custo do frete, depois do tabelamento determinado pelo governo. “Sei que vou ter perda de produtividade, porque não consegui puxar o calcário”, admite o produtor. Ele explica que o frete subiu uns 45%, além disso, não consegue caminhão na sua região.


    Pedrini já comprou 300 toneladas de adubo e 1.100 sacas de sementes de soja direto da cooperativa da sua região. E, até agora, não recebeu os insumos. Segundo ele, os produtos não chegaram na cooperativa e na sua propriedade com o preço do frete afetando a distribuição de toda a cadeia de produção.


    Preocupado com o atraso nas entregas, o produtor calcula que o prazo-limite para estar com o fertilizante e a semente na propriedade é o início de setembro.


    A analista da consultoria MB Agro, Ana Laura Menegatti, explica que, se chegar a época de plantio e o produtor não dispuser da quantidade necessária de fertilizante e sementes, ele tem duas alternativas. Uma delas é reduzir a área plantada para manter o uso da tecnologia. A outra manter a área plantada, reduzindo o volume de insumos empregados por hectare. Nos dois casos, o resultado é ruim: redução de produção e perda de produtividade.


    Insegurança. Enquanto Pedrini aguarda a entrega dos insumos, ele tenta se resguardar dos altos e baixos do mercado de soja. Até agora, o agricultor vendeu 25% da safra de soja que ainda não plantou nem recebeu a semente nem o adubo. “Tem anos que, nesta época, eu já tinha vendido um volume maior”, lembra.


    No entanto, diante das incertezas que existem no mercado, as tradings estão com medo de fechar negociações futuras, isto é comprar a soja verde, antes do plantio, como é conhecido esse negócio no mercado de commodities. Segundo o agricultor, o preço atual da soja no Paraná, na casa de R$ 77 a saca de 60 quilos, está “razoável”. Daniel Amaral, gerente da Abiove, que reúne as indústrias de óleos e as tradings, explica que a insegurança no fechamento de negócios futuros ocorre porque ficou mais difícil calcular custos e preços após o tabelamento.


    DC

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