De olho na eleição, prefeito de Chapecó quer agilizar defesa
Qua, 03 de Março de 2010, 08h11min
De olho na eleição de outubro, o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (DEM), quer agilizar sua defesa em relação à condenação da Quarta Seção do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre.
Ele foi condenado a cinco anos e três meses de prisão em regime semiaberto e multa de R$ 2.365 por irregularidades no processo de licitação de uma retroescavadeira, quando era prefeito interino de Pinhalzinho.
Nesta terça-feira, João Rodrigues deu entrevista coletiva junto com o ex-prefeito de Pinhalzinho, Darci Fiorini. O ex-prefeito disse que autorizou a licitação, embora a assinatura tenha sido de Rodrigues, que assumiu a prefeitura nas férias de Fiorini.
Eles alegam que as contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas e até pelo Ministério da Agricultura, que teria mandado parte do dinheiro usado para comprar a máquina. A licitação, com valor incial de R$ 60 mil, teve apenas uma empresa concorrente. Foram pagos R$ 95 mil mais uma máquina usada da prefeitura, avaliada em R$ 23 mil.
O prefeito de Chapecó disse que não vai se lançar candidato se a situação não for esclarecida.
— Não houve fraude e nem desvio de recursos — afirmou.
O advogado do prefeito, Ronei Danielli, vai entrar até segunda-feira com um pedido de “habeas corpus” no Superior Tribunal Federal. Danielli garante que não há risco de o prefeito ser preso enquanto couber recurso.
— O pedido de habeas corpus é para agilizar sua absolvição — explicou o advogado.
Ele já havia entrado com um recurso no Tribunal Regional Federal em 20 de fevereiro, pedind
o a revisão da sentença. Como essa revisão pode demorar e a repercussão do caso pode atrapalhar João Rodrigues politicamente, o advogado optou agora pelo caminho mais rápido.
Fonte: DC