Cúpula do Clima começa a discutir futuro nesta segunda
Seg, 07 de Dezembro de 2009, 07h02min
A partir desta segunda-feira (07), líderes de 192 países se reunirão em Copenhague, capital da Dinamerca, para discutir maneiras de reduzir as emissões globais de CO2 e, com isso, tentar reduzir os efeitos nocivos causados pelo aquecimento global. Durante os 11 dias de duração da Cúpula do Clima, que contará com a presença de líderes globais.
Geralmente representados por diplomatas e ministros, chefes de Estado importantes no jogo da negociação climática já confirmaram presença em Copenhague em algum momento das próximas duas semanas. O norte-americano Barack Obama, o francês Nicolas Sarkozy, a alemã Angela Merkel, o britânico Gordon Brown e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão com passagens marcadas para a capital dinamarquesa.
Além de governos, participam da COP-15 representantes de organizações não governamentais, observadores internacionais e ativistas de todo o mundo. Em duas semanas de reunião, o número de participantes deve passar de 30 mil.
Os diplomatas chegam a Copenhague sob pressão para evitar o fracasso do encontro, alardeado nas últimas semanas por organizações ambientalistas que temem que a COP-15 termine apenas com um acordo político, sem medidas efetivas para salvar o clima. A expectativa ficou menos sombria após o anúncio de metas e compromissos de países como os Estados Unidos, a China, Índia e o Brasil.
Grande poluidor e único país rico a não assinar o Protocolo de Kyoto, os EUA prometeram corte de 17% das emissões até 2020. A China, numa conta mais complicada, anunciou compromisso de corte entre 40% e 45% por unidade de Produto Interno Bruto (PIB) até 2020, o que na prática ainda significa dobrar as emissões do país. A conta brasileira é de redução entre 36,1% e 39,8% até 2020, o que segundo o governo, vai evitar o lançamento de mais de 1 bilhão de toneladas de gases de efeito estufa na atmosfera.
Fonte: Terra
Mesmo com parte dos números na mesa, é improvável que a reunião de Copenhague defina o novo regime global para complementar o Protocolo de Kyoto. Nos últimos meses, reuniões preparatórias e encontros multilaterais não foram suficientes para fechar pontos importantes do acordo, que, pela regras da Organização das Nações Unidas (ONU), só pode ser aprovado por consenso.